segunda-feira, 2 de junho de 2008

Um beijo roubado...

Quantas revelações podem conter um bom roteiro? Ontem assisti Um Beijo Roubado, filme que em inglês recebe o mais perfeito título de My Blueberry Nights. Fui sem nenhuma expectativa pro cinema, sabe programa de domingo? Era só mais uma chance de sair de casa e desfrutar de uma boa companhia, até que se apagaram as luzes...

Com o rosto angelical de Norah Jones e o ar sedutor de Jude Law uma verdadeira história de amor se desenrolou na tela. Não existia príncipe, a mocinha não tinha nada de perfeita e o cenário não era uma bela paisagem no sul da França. A história dessa vez foi contada entre bares sujos e coadjuvantes cheios de dor e perda.

Entre decepção e busca a torta de blueberry (ou mirtilo) foi a escolhida. Ao invés de voz, foram desenhadas palavras em um cartão postal. Entre um beijo e outro, trezentos dias se passaram até que o coração fosse roubado. Chaves que não trancariam mais portas, ilusões perdidas e liberdade trilharam o caminho pro romance mais singelo e belo que já vi.

Assistindo a seqüência de imagens percebi que o impressionante é a falta de grandiosidade, que o que toca não é o que se expõe e sim o que se sente. Não quero gestos ensaiados, quero comer uma torta, dormir num balcão de bar e ter um beijo roubado de uma pessoa verdadeira ou um personagem de verdade.


PS: Junto comigo estava um grande amigo e companheiro de inquietude, que certamente teve outra percepção da história. Principalmente porque a loira lindíssima sentada ao lado não deixou as evidências de amor se destacarem.

 
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